Ter sido diagnosticada com leucemia foi viver a morte encarnada. Há 5 anos atrás, já se sabia que a única forma de sobreviver àquele tipo específico da doença seria o transplante de medula óssea. Eu nunca tinha ouvido falar de nada daquilo. Nem da doença, nem da possibilidade de cura. Foi duro decidir. Doloroso me entregar a esse campo tão misterioso da ciência e fazer o procedimento do transplante, mesmo depois de ser descoberto pelo REDOME um doador 10 para 10, como se fala no jargão científico, ou seja, um doador com um alto grau de compatibilidade comigo e, portanto, maiores chances de sobrevida.
O mistério de habitar um corpo onde se operam milagres pela fusão de dois seres humanos.
É preciso dois para que um exista.
Fui salva pelo REDOME, pela força e coragem daqueles que se envolvem nessa aventura louca de salvar vidas, e por um único indivíduo que um belo dia resolveu ajudar alguém, sem saber quem.
Gratidão e um amor novo que nasce dentro.
Drica Moraes
Paciente de transplante com doador não aparentado